Rectify - Resenha

19/01/2015 14:02

 

Singelo, dramático, belo… são vários os adjetivos que podem definir Rectify, série criada por Ray McKinnon, exibida pela Sundance TV e pela Sky no Brasil, conta de uma maneira tocante o drama de Daniel Holden, um prisioneiro recém-libertado do corredor da morte onde passou quase 20 anos preso pelo suposto assassinato de sua namorada em uma pequena cidade no estado da Georgia, sul dos EUA. Na primeira temporada, cada um dos oito episódios da série retrata um dia de Daniel fora da prisão, a difícil readaptação, a solidão e todos os problemas de conviver em uma pequena comunidade que se acostumou a vê-lo como culpado de estupro e assassinato. Mas será mesmo que Holden é inocente? Esse é um dos segredos do sucesso de Rectify. Assim como outros moradores da cidade, a audiência fica em dúvida se ele realmente assassinou a moça. Os detalhes do que realmente ocorreu vão sendo revelados pouco a pouco em cada episódio.

 

Não espere muita ação – não é essa a “pegada" da série, que se concentra no drama familiar e em reflexões filosóficas e poéticas do que é a vida, muita disso visto por meio de flashbacks de Holden no corredor da morte.

 

A série é triste, porém nos faz refletir o modo como encaramos a vida, as experiências que temos e as oportunidades que perdemos, certezas e incertezas sobre nós mesmos e sobre os outros. Não, Rectify não é um drama de fácil digestão, é multifacetado e interessante. Enfim, se pudesse definir Rectify em um único diálogo, ele pode ser visto na 2a. temporada, aos cerca de vinte minutos do 5o. episódio, quando Daniel está conversando a sós com sua mãe e pergunta por que ela nunca mais usou a bicicleta? “Não acho que devemos contar histórias tristes. A vida é muito curta”, diz Janet, “É exatamente por isso que devemos contar.”, responde Daniel. Isso é Rectify. Roteiro é tudo!